Acessibilidade Digital: Tudo o que você precisa saber para aplicar agora

Acessibilidade Digital: Tudo o que você precisa saber para aplicar agora

Quando falamos em acessibilidade digital estamos falando em oferecer serviços que funcionem para todos. Por exemplo, desenvolvi um aplicativo, mas ele só pode ser usado por quem sabe ler. Tornei-o restrito, certo? Uma vez que torná-lo acessível a este nicho poderia alcançar muitas outras pessoas e para que isso desse certo, bastaria aplicar uma funcionalidade onde ele pudesse ouvir o que estava escrito em todas as telas do aplicativo.

Além de informar sobre a importância da acessibilidade, nesse post também apresentamos dicas de como tornar seu projeto digital mais acessível.

 

O que é acessibilidade digital?

 

Acessibilidade digital nada mais é que a disponibilidade de recursos, eu diria até, conteúdos, de modo universal.

Com a acessibilidade o produto ou serviço pode não só ser acessado, mas percebido e compreendido.

Quando oferecemos acessibilidade digital estamos disponibilizando a qualquer usuário a possibilidade de interação sem barreira. E do ponto de vista humano, acessibilidade, não somente digital, mas no geral, é um ato de respeito pela diversidade de pessoas.

 

Por que devemos pensar nisso?

 

No início dos anos 2000 já era promessa: viveríamos em breve a era digital. Estamos praticamente em 2020 e estamos cada vez mais imersos no mundo tecnológico. Hoje, além de usarmos a internet para o trabalho, usamos para lazer, estudos… enfim, temos acesso à informação 24 horas. Agora imagine a vida de quem não tem acesso à internet e tecnologias comuns?

É importante enfatizar que o mundo não só precisa de acessibilidade em ambientes, onde o cadeirante precisa que o ônibus tenha entrada adaptada para recebê-lo, mas sim ter acessibilidade digital onde uma pessoa com limitações possa, assim como qualquer outra, ter acesso a informação para somar ao seu trabalho e aos seus estudos.

Não existe um porquê científico, uma grande explicação por detrás das razões por investirmos em acessibilidade digital a não ser as óbvias e empáticas. Acompanhe conosco a seguir:

 

  • Levar sua mensagem a todos: você como empresa, não gostaria que seu produto e serviço fosse oferecido a todos? Aqui não estamos pensando em multiplicar os leads, mas sim garantir que o seu produto satisfaça a necessidade do seu público alvo. Afinal, não é para isto que ele existe?
  • Falar com quem ninguém fala: você já imaginou que por meio desta prática você pode fidelizar um nicho que as empresas costumam desprezar? Imagine o valor que isto pode somar ao seu negócio e às pessoas!
  • Empatia: tentar entender o próximo, mesmo que você não saiba 1/3 do que ele sente ou passa. Não é um dos passos que precisamos dar para conhecer o nosso público alvo?

 

Por que aplicar acessibilidade no meu negócio?

 

Temos falado muito aqui no blog sobre experiência do usuário, ou mundialmente conhecido como UX.

E neste contexto podemos dizer que há uma relação muito forte entre acessibilidade e usabilidade, uma vez que ambas falam da mesma coisa: experiência centrada no usuário. A única diferença é que, enquanto em qualquer outro caso de UX a experiência já exista e só precisaríamos aprimorá-la, na acessibilidade precisamos criá-la, tornar algo acessível para todos os usuários.

Pensando pelo lado digital e com foco em experiência do usuário, não fica difícil entendermos por que devemos adotar a acessibilidade em nosso negócio.

 

1  – O futuro é digital

Se ainda existiam dúvidas sobre a força da internet, hoje definitivamente não existe mais. As redes sociais tornaram-se o principal canal de comunicação, até no trabalho! E nunca foi tão comum comprar pela internet.

Com toda essa movimentação, ficou claro para as empresas onde deveria ser seu foco de investimento, devido ao crescimento anual de gastos com anúncios digitais. Sem contar da reputação das empresas, elas podem ir de 5 estrelas a 1 com apenas um comentário de um cliente mal atendido ou com suas expectativas frustradas. Estamos vivendo, de fato, a Era Digital.

 

2 – Alcance de mercado

Apenas para enfatizar o item 2 do subtítulo “Por que pensar nisso?”, nós temos no Brasil mais de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Ou seja, quando sua empresa não oferece canais acessíveis, ela está deixando de se comunicar com milhares de pessoas, possíveis clientes.

E lembre-se, falar com quem ninguém fala te dá uma notoriedade e tanto.

Se até aqui te convencemos a tornar o seu negócio #acessívelparatodos, vamos as dicas no próximo tópico, que absorvermos do blog GOV.UK:

 

Dicas do que fazer e não fazer em Acessibilidade Web

 

Projetando para Acessibilidade

 

Não poderíamos começar este parágrafo sem mencionar a GOV.UK, que nos proporcionou a imagem acima e outras que iremos compartilhar neste tópico, a mais clara informação e definição do conceito de acessibilidade digital.

Para ter acesso ao que tivemos, clique aqui.

Agora compartilhamos este rico conteúdo, já traduzido pelo UX.Blog:

 

Acessibilidade para usuários com transtorno do espectro autista

 

 

Fazer

  • Use cores simples;
  • Escreva de forma clara e simples;
  • Usar frases e marcadores simples;
  • Criar botões descritivos — por exemplo, “anexar arquivos”;
  • Construir layouts simples e consistentes.

Não fazer

  • Use cores contrastantes brilhantes;
  • Usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas;
  • Usar grandes blocos de textos;
  • Criar botões vagos ou imprevisíveis — por exemplo, “clique aqui”;
  • Construir layouts complexos e desordenados.

 

Acessibilidade para usuários deficientes auditivos ou surdos

 

 

Fazer

  • Escreva de forma clara e simples;
  • Usar legendas e/ou fornecer transcrições para vídeos;
  • Construir layouts simples e consistentes;
  • Dividir o conteúdo com sub-títulos, imagens e vídeos;
  • Permitir que o usuário escolha o seu melhor meio e comunicação.

Não fazer

  • Usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas;
  • Usar conteúdo apenas em áudio ou vídeo;
  • Construir layouts complexos e desordenados;
  • Construir longos blocos de conteúdo;
  • Não permita que o telefone seja o único meio de comunicação para usuários.

 

Acessibilidade para usuários com dislexia

 

 

Fazer

  • Usar imagens e diagramas para acompanhar texto;
  • Alinhe textos a esquerda e manter a consistência do layout;
  • Considere produzir materiais em outros formatos — por exemplo: áudio e vídeo;
  • Mantenha o conteúdo curto, claro e simples;
  • Permitir que os usuários alterem o contraste entre plano de fundo e texto.

Não fazer

  • Use grandes blocos de texto;
  • Sublinhar palavras, usar itálico e escrever em maiúsculas;
  • Forçar usuários a lembrar coisas de páginas anteriores — forneça lembretes e avisos;
  • Depender de ortografia correta e precisa — forneça autocorreção ou sugestões;
  • Colocar muita informação em um só lugar.

 

Acessibilidade para usuários com baixa visão

 

 

Fazer

  • Usar bons contrastes e um tamanho de fonte legível;
  • Publicar todas as informações diretamente em páginas HTML;
  • Usar combinação de cores, formas e texto;
  • Construir layout linear e lógico garantindo boa leitura em ampliações;
  • Construir botões e notificações dentro de um contexto.

Não fazer

  • Use baixo contraste e tamanho de fonte pequeno;
  • “Esconder” informações em arquivos para download;
  • Usar apenas cor para transmitir significado;
  • Espalhar conteúdo por toda a página e forçar usuário a rolar a tela em ampliações;
  • Separar ações do seu contexto.

 

Acessibilidade para usuários com deficiência física

 

 

Fazer

  • Criar grandes áreas clicáveis;
  • Espaçamento entre campos de formulários;
  • Projetar para usar apenas teclado ou voz;
  • Projetar para telas móveis e tocáveis em mente;
  • Fornecer atalhos.

Não fazer

  • Necessidade de precisão;
  • Agrupamento de interações próximas;
  • Conteúdo dinâmico que requer muito movimento do mouse;
  • Exibir mensagens em um curto período de tempo;
  • Cansar usuários com muita digitação e rolagem.

 

Acessibilidade para usuários com leitores de tela (Tecnologia Assistiva)

 

 

Fazer

  • Descrever imagens e fornecer transcrições para vídeo;
  • Construir um layout linear e lógico;
  • Estrutura de código baseado em HTML5;
  • Construir para uso apenas do teclado;
  • Escrever links e títulos auto-descritivos.

Não fazer

  • Mostrar informações apenas em imagem ou vídeo;
  • Espalhar conteúdo por toda a página;
  • Estrutura dependente do tamanho do texto e do posicionamento;
  • Forçar uso do mouse ou da tela;
  • Escrever links e títulos não informativos — por exemplo, “clique aqui”.

 

E chegamos ao fim de mais um post informativo sobre o que precisamos fazer para tornar a nossa empresa digital,  alcançando mais pessoas e oportunidades de negócio. 

Esperamos que essas dicas ajudem para que sua empresa crie acessibilidade digital cada vez mais e ficamos à disposição para te auxiliar com este importante projeto.

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